Reafirmando a estratégia da produção de alimentos e da soberania genética, o MPA compartilhou nesse final de semana 125 toneladas de milho e 60 toneladas de feijão que serão plantadas por camponeses de Capim Grosso e região, as sementes crioulas são produzidas por famílias camponesas do Movimento no estado de Santa Catarina e repassadas através do programa Brasil sem Miséria.
As sementes são um patrimônio do povo, devem estar a serviço da humanidade e não podem ser transformadas em mercadoria, é o que afirma Edvagno Rios da coordenação estadual do MPA na Bahia “a história do campesinato no Brasil e do mundo é uma história de luta, muitas de nossas sementes foram roubadas pelas transnacionais, e transformadas em híbridas e agora transgênicas, a tarefa do MPA é resgatar as sementes crioulas e colocá-las sobre o controle das famílias camponesas, o ato de hoje representa uma vitória para o povo e uma derrota para o agronegócio” afirmou Edvagno.
A carga de sementes chegou na cidade de Capim Grosso na ultima quarta feira (17) e foram distribuídas nas comunidades camponesas no final de semana “nossas ações são baseadas no Plano Camponês, que é o conjunto de estratégias do MPA na construção de uma agricultura camponesa soberana, que garanta alimentos para toda a classe trabalhadora... Aqui no nordeste vivemos um dos maiores períodos de estiagem da historia, enquanto se ouve o estado falar em combater a seca, afirmamos que temos que conviver com ela, e buscar as técnicas mais apropriadas para cada período, o resgate das sementes crioulas é uma das técnicas fundamentais para essa convivência”, afirmou o militante.
As famílias camponesas que receberam as sementes irão aguardar o período ideal para iniciar o plantio, ao todo serão distribuídas 380 toneladas de sementes crioulas em todo o estado da Bahia.
FONTE: BlitzTotal
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