23 de agosto de 2013

Anorexia leva jovem à morte; Comportamento era incentivado nas redes sociais


Na última terça-feira (20), a jovem gaúcha Daiane Dornelles faleceu devido a uma hepatite viral desencadeada por um quadro de anorexia nervosa. Daiane era famosa nas redes sociais, conhecida como @MeganFoques no Twitter, ela possuía mais de 17 mil seguidores no microblog e quase seis mil no Instagram.

Desde que faleceu, as fotos publicadas por Daiane têm provocado um debate sobre culto à magreza e a distúrbios alimentares em plataformas sociais. Mesmo postando imagens onde aparece excessivamente magra, pesando 48 kg e com 1,65m, os seguidores elogiavam o corpo de Daiane e incentivavam o comportamento da jovem.

Nos comentários, as pessoas diziam o quanto estavam com inveja da "barriga negativa" que ela adquiriu e perguntavam qual era a sua dieta. Em resposta, a blogueira dizia: "Apenas controle o que você come, tu se acostuma”. Para "motivar" as seguidoras a comerem menos, Daiane compartilhava fotos de celebridades magras acompanhadas de hastags como "vamoanorexia". 

Não é a primeira vez que o Instagram precisa combater a apologia a distúrbios alimentares entre os seus seguidores. Ano passado, a rede precisou banir a busca por termos como "probulimia", "proanorexia" e "thinspo", que traziam imagens de mulheres anorexicas acompanhadas por legendas do tipo: "a vontade de comer doi, mas é a fome que funciona", "quando você é magra, você pode fazer o que quiser e todos te amarão" ou ainda "durma o dia inteiro, assim você não sentirá fome".

"Qualquer conta ou hashtag que incentive distúrbios alimentares será considerada uma violação às regras da rede social e será destivada imediatamente" afirmou um porta-voz do Instagram, na época.

De acordo com Christine Morgan, CEO da Fundação Butterfly, que oferece ajuda à mulheres que sofrem de transtornos alimentares, o problema não acontece apenas no Instagram, mas também em plataformas como o Tumblr e o Pinterest. Morgan diz que "odeia" sites como esses, pois eles despertam a baixa estima nos adolescentes mais vulneráveis.

FONTE: administradores.com.br

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